EDUCAÇÃO MESMO SEM O ESTADO
Como disse o antropólogo e sociólogo Darcy Ribeiro, a crise na educação brasileira não é uma crise, é um projeto. Na raiz da palavra crise está o ato de tomar decisão a partir de uma análise. E a decisão no Brasil sempre foi de não viabilizar o acesso de toda sociedade à educação, desde a básica até a universidade. Hoje temos números escandalosos de concentração educacional e que se tornam vergonhosos quando analisamos a diferença entre um(a) estudante negro(a) e um(a) branco(a), mais precisamente quantos anos a mais um estudante negro tem que estudar para ficar ao mesmo nível de conhecimento de um estudante branco. Isso em um país que universidades de ponta, mas não para todos(as). As imagens desta galeria mostram projetos de educação alternativos, criados e realizados por movimentos sociais espalhados por todo o país, do sul até a Amazônia. Projetos que foram criados e implantados sem o apoio do Estado que, em muitos lugares teve que reconhecer o conteúdo, a metodologia e a eficácia desses projetos. Projetos criados por pais e mães que não quiseram deixar seus filhos crescerem sem a educação básica, algo que muitos deles e delas não tiveram. E em todos esses projetos a luz de Paulo Freire, como método, como conceito e como entendimento da realidade específica de cada comunidade.
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